Muito se ouve falar hoje em dia no ambiente de empresas, a palavra Lean, Lean Manufacturing, Lean Office, Lean Logistics... Lean Enterprise. O que significa Lean? Significa magro, sem gordura, enxuto. Então podemos dizer; Manufatura Enxuta, Administração Enxuta, Logística Enxuta, ou seja, Empresa Enxuta, sem desperdícios.
Se olharmos a nossa volta, e realmente prestarmos atenção aos processos que fazem parte das nossas vidas, veremos quantas oportunidades de simplificação, redução de gastos, de material, de tempo, podemos ter, aprendendo a reconhecer e combatendo os desperdícios.
A utilização da palavra Lean nas empresas, teve início com a publicação dos livros The Machine That Changed The World ( 1990) e Lean thinking (1996) de James P. Womack e Daniel T. Jones. O Mentalidade enxuta nas empresas, título do livro em português, nos conduz à uma maneira de especificar valor, alinhar na melhor seqüência as ações que criam valor, realizar essas atividades quando alguém as solicita e de forma cada vez mais eficaz.
Resumindo, o pensamento enxuto é fazer mais com cada vez menos – menos esforço humano, menos equipamento, menos tempo e menos espaço – oferecendo ao mesmo tempo aos clientes o que eles desejam. Também é uma forma de tornar o trabalho mais satisfatório, dando uma resposta rápida aos esforços para criar mais valor.
O conceito do pensamento enxuto começou, com Henry Ford na fábrica em Highland Park, MI, em 1913, quando ele utilizou pela primeira vez o conceito de Trabalho Padrão e a Linha de Produção com Transportadores, criando assim, um fluxo de Produção. O problema de Ford, posteriormente, não foi o fluxo de produção, mais a inabilidade para prover variedade em seus produtos. O modelo T não era só limitado a uma cor, como também a uma única especificação.
Quando o mundo quis variedade, incluindo ciclos de modelos mais curtos do que era praticado até então, Ford pareceu se perder nessa nova dificuldade. Outros fabricantes atenderam aos anseios de muitos modelos e muitas opções, aumentando, no entanto, inventários, espaços fabris, operários, de maneira que o desperdício associou-se às novas instalações.
Quando Kichiro Toyoda, Taiichi Ohno e outros na Toyota viram essa situação em 1930, e ainda mais significativamente após a Segunda Guerra Mundial, chegaram a uma conclusão de que uma série de pequenas melhorias poderia permitir a continuidade da linha de produção por transportadores e atender a oferta de uma grande variedade de produtos. Eles revisaram os princípios originais do pensamento Ford e inventaram o Sistema Toyota de Produção, hoje em destaque no mundo Lean.
James P. Womack e Daniel T. Jones, no seu livro A Mentalidade Enxuta nas Empresas, resumem os princípios Lean em cinco tópicos:
O valor só pode ser definido pelo cliente final. Ele só é significativo quando expresso em termos de um produto específico (um bem, um serviço ou ambos) que atenda às necessidades do cliente a um preço específico em um tempo determinado.
Identifique o conjunto inteiro de atividades envolvido na criação e na fabricação de um produto (ou família de produtos) específico, da concepção à sua disponibilidade, passando pelo projeto detalhado; da venda inicial à entrega, passando pelo registro do pedido e pela programação da produção, e da matéria prima produzida distante até a mão do cliente.
Faça o produto fluir contìnuamente após a eliminação das etapas que não agregam valor, através das etapas remanescentes que agregam valor.
Introduza o sistema de puxar entre todas as etapas onde o fluxo contínuo é possível.
Gerencie de maneira a buscar a perfeição. O número de etapas e o total de tempo e informação necessários ao cliente caiam contìnuamente.
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